Hoje, neste exato momento, na Itália, o economista católico Stefano Zamagni, presidente da Academia Pontifica de Ciências Sociais, assessor do Papa Francisco, tem liderado a formação de um novo partido: o Insieme (“Juntos”, em tradução livre)

A ideia é resgatar a gloriosa tradição democrata-cristão italiana, soterrada pela conformação ao poder depois de 5 décadas de hegemonia, entre 1945 e 1994. Zamagni pretende articular e unir toda a massa da população que é conservadora em costumes (não progressista nem intolerante) e se mostra fiel à cosmovisão cristã, mas que não abre mão de um substancial compromisso social e trabalhista, rumo à direção daquilo que ele chama de “economia civil” ou “comunidade de bem-estar”, mas que eu prefiro chamar de economia comunitária.

A pergunta é: quando surgirá o Juntos brasileiro? Quando é que nós, cristãos trabalhistas e solidaristas, vamos pegar a mão na massa e organizar um movimento político concreto, com vistas à formação de um partido?

Já ouvi mil vezes perguntas sobre quando iria me candidatar a algo e depoimentos de quem me deseja ver como uma opção. Sinceramente, fico lisonjeado, até porque a vida pública não é algo que descarte de modo algum, mas, no momento, mal dou conta da minha casa. E o mais importante é que há uma questão prévia: eu não quero ser um indivíduo diletante e solitário, quero ser parte de algo maior do que eu.

Pois então: quem vem junto? Quem está disposto a se mobilizar num projeto de longo prazo, que vai demandar sacrifício, disciplina e organização, que vai impor bem mais que interações de Facebook? E isto com um conteúdo ideológico bem definido. Dentro da DSI, por certo, mas claramente à esquerda.

Zamagni está nos dando a rota. E até já nos deu um nome: Juntos.
Quem vem?

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